É comum ao pedirmos um café ou suco no restaurante o atendente nos perguntar: “com açúcar ou adoçante? ”.
É nítido o aumento do consumo de adoçantes pelas pessoas de modo geral. Um estudo realizado em 2019 já apontava uma prevalência de 13,4% na população brasileira em relação ao uso de adoçantes, independente de doenças associadas.
Os adoçantes dietéticos ou edulcorantes são substâncias que configuram sabor doce aos alimentos, em geral eles apresentam um teor de doçura muito maior que o açúcar da cana-de-açúcar, e são de baixa ou zero caloria, podendo ser de fonte natural ou artificial e são utilizados em substituição ao açúcar.
Sua principal indicação é para pessoas que possuem algum tipo de dieta especial, como os portadores de diabetes mellitus ou com restrições alimentares. Porém, seu uso tem sido muito comum entre a população de modo geral.
Então, para fazer essa escolha com consciência é preciso entender as diferenças dos principais tipos de adoçantes disponíveis.
Existem duas classificações de adoçantes, os artificiais/sintéticos que são produzidos em laboratório e nem sempre são provenientes de fontes alimentares, são muito utilizados pela indústria alimentícia em produtos diets e os mais conhecidos, por serem os primeiros a surgir no mercado, mas por se tratarem de substâncias químicas seu consumo deve ser restrito a quantidades específicas. Entre os liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) os mais utilizados são o aspartame, o ciclamato, a sacarina, sucralose e o acessulfame de potássio.
Já os adoçantes naturais são extraídos de vegetais ou frutas e são mais indicados para consumo por não passarem por reações químicas e oferecerem menor risco para a saúde. Os principais são:
– Estévia (Esteviol): extraído de planta, 100% natural, zero calorias, algumas marcas podem apresentar sabor residual amargo e 4 gotas equivalem ao poder adoçante de 1 colher de chá de açúcar. É possível utilizar em preparações quentes ou frias.
– Xilitol: é um adoçante da família dos polióis, obtido de frutas, verduras e legumes, tem um poder de doçura igual ao do açúcar, possui 4kcal para cada 1g e tem propriedades que auxiliam na prevenção de cáries. Seu consumo excessivo pode causar desconfortos gastrointestinais.
– Eritritol: um poliol, assim como o xilitol, também obtido a partir de frutas, verduras e legumes, adoça cerca de 30% menos do que o açúcar e é isento de calorias. Sua absorção é lenta e por isso não tem interferência nos níveis de glicose no sangue.
– Taumatina: extraído de uma fruta ele é 100% natural, apresenta um poder de adoçar 2.500 vezes mais que o açúcar e é capaz de ajudar a mascarar o sabor residual de adoçantes artificiais, por isso normalmente é utilizado para compor blends de adoçantes.